Apesar da profundidade com que me dediquei a esses pensamentos, motivados por histórias ou imagens de alguém que viveu, nunca se aproximaram daquilo que senti junto desta gente, e desta terra tão diferente. Hoje compreendo melhor esse exercício da suposição, e os limites da imaginação. Coincidem com a fronteira do que vivi, mesmo que através de ti... Do verdadeiro pesadelo não se pode acordar, e isso faz toda a diferença...
Mas continuo a tentar chegar-me perto, longe que estou por aquilo que sou... O que sentirá aquela criança, de mochila às costas, ao cruzar-se com o cemitério improvisado à beira da estrada? Em que pensará, através do nevoeiro de mais uma madrugada gelada?
Ir sempre foi abrir horizontes, e ganhar perspectiva. Só o distanciamento, que nos chega com o tempo, me pode ajudar a compreender esta viagem. Por enquanto, as palavras custam a sair... Penso nestas pessoas, e neste lugar despedaçado a que chamam casa. Penso na minha, e nesse quente e adiado regressar...
quarta-feira, novembro 21, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
obrigada por estas palavras. sei o que é a partida... porque conheço o regresso.
Adiado regressar ...
Ainda não saí efectivamente e, por vezes, lá vou eu pensando no regressar. Já deixei as minhas duas casas e daqui a umas três semanas vou deixar a terceira que é aqui no Porto e vou fazer ninho para Bruxelas.
Adorei ver-te, Feiinho ... lindo!
[*]
Uma grande foto do nosso grande repórter. Nunca mais é Sábado... quero ler-te!
Também eu... :) É já amanhã...
Mesmo que às vezes tenhamos de partir, o importante é não deixar que a distância se interponha entre aquilo que se viu e sobretudo aquilo que se sentiu. Porque é nesse espaço que se deixa crescer o esquecimento.
Palmas!
Oh pardalito, e porque é que esta fotografia, em que estás um borracho, não teve direito à versão 'polaroid'?
Grande foto!
Enviar um comentário