quarta-feira, dezembro 21, 2011
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"'Que tinha esse xaile de tão especial?' 'A mãe fez esse xaile quando estava grávida de mim. Ela tinha uma adoração especial por ele.' 'Ah, estou a ver. Foi criado ao mesmo tempo que tu. E tu foste provavelmente o seu filho predilecto?' 'Por acaso, até fui.' 'Ah, não foi por acaso', respondi, começando a perder a paciência. Ele era a cara chapada da mãe, e, como ela, incapaz de decifrar a ordem natural das coisas. 'Bom, o xaile foi-se mesmo', disse eu, 'mas se isto te serve de consolo, só o que já foi perdido pode ser possuído para sempre'. Foi obviamente uma afirmação disparatada, mas pensei que iria gostar." (Kjell Askildsnen, Últimas notas de Thomas F. para o público em geral)
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