O autocarro pára em Alcântara, vindo do centro da cidade. As portas abrem-se e entra uma senhora estridente:
- "Passa na Praça de Espanha?"
- "Isso é do outro lado", esclarece o motorista. Visivelmente perplexa e ligeiramente assustada, pergunta:
- "Qual outro lado?"
Não resisto: levanto-me do meu lugar junto à porta, ergo os braços de mãos abertas e, curvando-me sobre ela, agito os dedos e arrasto uma voz intencionalmente cavernosa:
- "Do laaadoo de láááááá, uuuhhhh, ah ah ah AH AH..."
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