ÍAMOS por dentro da aurora...
Tínhamos fechado os olhos
quando o dia despontava
Pisámos horizontes
onde não havia túmulos.
Nada existia
para além das nossas pálpebras.
Apenas, dentro de nós,
a aurora...
Arranquemos as pupilas, amada,
e venceremos a noite.
A vida será
o que nós formos.
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Queria dizer-te a palavra.
Não a lês dentro de mim?
Ficará entre nós
como um eterno silêncio?
Adivinha-a e fala.
Se eu te dissesse o fogo
que arde dentro de mim
a alma fugir-me-ia.
(Félix Cucurull, Vida Terrena)
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1 comentário:
Olá
Durante anos estive convencida que este poema era da autoria da Florbela Espanca, porque há muitos anos atrás o vi publicado numa revista como sendo dela.
Agora percebo porque sempre que o pesquisei pelo autor nunca o encontrava...
Bonitos poemas que aqui estão!
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