"Eu creio que não faço senão morrer a vida, tanto esta minha existência se parece com viver a morte.
Não é porque eu não sinta dentro do meu ser explodir, como um ansioso fluxo da vida, um desejo de viver também integralmente a minha vida. Mas é um fluxo momentâneo apenas. Logo os braços me caiem na inércia de quem morre e o meu olhar perde-se nas planuras longínquas dum brumoso país de tédio, de desânimo, de dúvida.
Sinto-me semelhante a uma árvore agonizante, seca, despida no meio de uma floresta viva. Tão hirto, tão seco, tão sem ilusões, me sinto no meio de tudo isto a esbracejar de saúde, de alegria de viver." (Manuel Laranjeira, Cartas)
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