terça-feira, agosto 03, 2010

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"Sinto a desolação horrível, trágica de quem já não pode iludir-se com nada e encontra em quanto existe a infinita miséria. E sinto a verdade daquelas palavras que às vezes digo como uma síntese do meu estado de espírito: sofro da horrível desgraça do Homem que olha para a vida e sente que já não pode ser enganado..." (Manuel Laranjeira, Diário Íntimo)

"A vida hoje foi para mim, como em tantos outros dias, igual, parda, ordinária... Nestas horas assim gris, sinto a sensação penosa de que a vida se me está gastando, esgotando, imbecilmente... sem eu viver. E sinto esta ideia de pesar que hei-de morrer sem ter sabido viver a vida... Afinal o mal da nossa vida é não saber vivê-la... ou não poder." (ibid)

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