terça-feira, fevereiro 22, 2011

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"Never doubt that a small group of thoughtful, committed citizens can change the world. Indeed, it is the only thing that ever has."
(Margaret Mead)

[Zeitgeist Moving Forward: parte 1 de 12...]

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Da Servidão Moderna...

"A opressão moderniza-se espalhando por toda a parte as formas de mistificação que permitem ocultar a nossa condição de escravos. Mostrar a realidade tal como ela é verdadeiramente, e não como ela é apresentada pelo poder, constitui a mais genuína subversão. Somente a verdade é revolucionária."


[Imperdível: Da Servidão Moderna...]

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

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"- Papá, estás triste?
- Não estou triste, Catherine, estou apenas só."
(Albert Camus, Albert Camus - Solitaire e Solidaire)

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"Quando morava em Argel, suportava o Inverno pois sabia que numa noite, numa certa noite pura e fria de Inverno, as amendoeiras do vale dos Cônsules se cobririram de flores." (Albert Camus, O Verão)

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

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"Os homens que sofrem verdadeiramente de ciúme, a pressa que têm é de deitar-se com aquela que, no entanto, julgam que os traiu. Com certeza, querem assegurar-se, uma vez mais, de que o seu querido tesouro lhes pertence ainda. Querem possuí-lo, como se diz. Mas é também porque, logo a seguir, ficam menos ciumentos. O ciúme físico é um efeito da imaginação ao mesmo tempo que um juízo que formulamos sobre nós mesmos. Atribuímos ao rival os vis pensamentos que tivemos nas mesmas circunstâncias." (Albert Camus, A Queda)

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"Desesperado do amor e da castidade, lembrei-me, enfim, de que restava o deboche, que substitui muito bem o amor, faz calar os risos, restabelece o silêncio e, sobretudo, confere a imortalidade. [...] Visto que eu desejava a vida eterna, dormia, pois, com p... e bebia durante noites a fio. De manhã, é certo, tinha na boca o travo da condição mortal. Mas, durante longas horas, eu tinha pairado, feliz." (Albert Camus, A Queda)

"O álcool e as mulheres forneceram-me, devo confessá-lo, o único alívio de que era digno. [...] Verá então que o verdadeiro deboche é libertador porque não cria nenhuma obrigação. No deboche, só nos possuímos a nós mesmos; ele fica sendo, pois, a ocupação preferida dos grandes apaixonados da sua pessoa. É uma selva, sem futuro nem passado, sem promessa sobretudo, nem sanção imediata. Os lugares onde se exerce estão isolados do mundo. Deixa-se, ao lá entrar, tanto o medo como a esperança." (idib.)

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

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"Mantinha todas as minhas afeições à minha volta para as utilizar quando quisesse. Não podia, pois, viver, confesso, senão com a condição de, sobre a terra inteira, todos os seres, ou o maior número possível, se voltarem para mim, eternamente disponíveis, privados de vida independente, prontos a responder ao meu chamamento, fosse em que momento fosse, votados, enfim, à esterilidade, até ao dia em que me dignasse favorecê-los com a minha luz." (Albert Camus, A Queda)

terça-feira, fevereiro 08, 2011

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"Só o 'herói' conseguirá chegar a dominar a Energia Divina usando ritualmente os cinco M (Pancamakara): (Madya, vinho; Mâmsa, carne; Matsya, veneno; Mudrâ, gestos; e, cúpula destas práticas, o Maithuna, contacto carnal)." (Kulârnava, obra tântrica)

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

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"Quando se meditou muito sobre o homem, por ofício ou vocação, acontece-nos sentirmos nostalgia dos primatas."
(Albert Camus, A Queda)

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

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"Quantas vezes esta maldita divisão da minhas consciência não foi culpada de atrozes acontecimentos. Enquanto uma parte de mim me leva a tomar uma atitude grandiosa, a outra denuncia a fraude, a hipocrisia e a falsa generosidade. Enquanto uma me conduz a insultar o ser humano, a outra condói-se dele e acusa-me do que denuncio nos outros. Enquanto uma me faz ver a beleza do mundo, a outra aponta-me a sua fealdade e o ridículo de todo o sentimento de felicidade." (Ernesto Sabato, O Túnel)

terça-feira, fevereiro 01, 2011

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Da curiosa semelhança entre um telefone esquecido no silêncio, e um corpo abandonado na ausência: de ambos esperarem o toque...

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"[...] Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti."
(Alexandre O'Neill, Um Adeus Português)

"Digo-te adeus e como um adolescente tropeço de ternura por ti, murmurou o médico para a ficha que o pagador lhe levava. [...]
(António Lobo Antunes, Memória de Elefante)

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"Aqui, pensou o médico, desagua a miséria, a solidão absoluta, o que em nós próprios não aguentamos suportar, os mais escondidos e vergonhosos dos nossos sentimentos, o que nos outros chamamos de loucura que é afinal a nossa e da qual nos protegemos a etiquetá-la, a comprimi-la de grades, a alimentá-la de pastilhas e de gotas para que continue existindo, a conceder-lhe licença de saída ao fim de semana e a encaminhá-la na direcção de uma 'normalidade' que provavelmente consiste apenas no empalhar a vida." (António Logo Antunes, Memória de Elefante)

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"Na vida, não importa o sentido; importa o sentir..."
(Manuel Albernoa)

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"Quit putting a goddamn dollar sign on every fucking thing on this planet!" (Bill Hicks)

[Absolutamente genial: The Yes Men Fix The World...]

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"Thank you God for making me an atheist."
(Ricky Gervais at The 68th Golden Globe Awards)

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"Enquanto existirem matadouros, existirão campos de batalha."
(Leo Tolstoi)

‎"Auschwitz begins wherever someone looks at a slaughterhouse and thinks: they’re only animals."
(Theodor Adorno)

[Extremamente violento: Earthlings...]

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"A imagem da mulher à espera dele entre as mangueiras de Marimba pejadas de morcegos aguardando o crepúsculo apareceu-lhe numa guinada de saudade violentamente física como uma víscera que explode. Amo-te tanto que te não sei amar, amo tanto o teu corpo e o que em ti não é o teu corpo que não compreendo porque nos perdemos se a cada passo te encontro, se sempre ao beijar-te beijei mais do que a carne de que és feita, se o nosso casamento definhou de mocidade como outros de velhice, se depois de ti a minha solidão incha do teu cheiro, do entusiasmo dos teus projectos e do redondo das tuas nádegas, se sufoco da ternura de que não consigo falar, aqui neste momento, amor, me despeço e te chamo sabendo que não virás e desejando que venhas do mesmo modo que, como diz Molero, um cego espera os olhos que encomendou pelo correio." (António Lobo Antunes, Memória de Elefante)