quarta-feira, abril 27, 2011
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"A veces creo que nada tiene sentido. En un planeta minúsculo, que corre hacia la nada desde millones de años, nacemos en medio de dolores, crecemos, luchamos, nos enfermamos, sufrimos, hacemos sufrir, gritamos, morimos, mueren, y otros están naciendo para volver a empezar la comedia inútil. ¿Sería eso, verdaderamente? ¿Toda nuestra vida sería una serie de gritos anónimos en un desierto de astros indiferentes?" (Ernesto Sabato)
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"Lamentablemente, en estos tiempos en que se ha perdido el valor de la palabra, también el arte se ha prostituido, y la escritura se ha reducido a un acto similar al de imprimir papel moneda."
(Ernesto Sabato, Antes del fin, 1999)
"Me pregunto en qué clase de sociedad vivimos, qué democracia tenemos donde los corruptos viven en la impunidad, y al hambre de los pueblos se la considera subversiva." (ibid.)
(Ernesto Sabato, Antes del fin, 1999)
"Me pregunto en qué clase de sociedad vivimos, qué democracia tenemos donde los corruptos viven en la impunidad, y al hambre de los pueblos se la considera subversiva." (ibid.)
terça-feira, abril 26, 2011
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"Incapaz de receber e transmitir ideias e sentimentos, o cérebro da grande massa da sociedade portuguesa, em virtude daquele impiedoso princípio 'lamarckiano' que condena à morte o órgão que não trabalha, definha-se, atrofia-se, lenhifica-se, e a alma portuguesa estagna na tranquilidade morta das águas paludosas." (Manuel Laranjeira, O Pessimismo Nacional)
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"No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise." (Dante Alighieri)
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"O país está a viver acima dos seus meios. Mais tarde ou mais cedo era inevitável que acabasse em bancarrota." (semanário inglês The Economist, sobre Portugal, a 6 de Fevereiro de 1892)
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PLAYBOY: If life is so purposeless, do you feel that it's worth living?
KUBRICK: Yes, for those of us who manage somehow to cope with our mortality. The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. Children, of course, begin life with an untarnished sense of wonder, a capacity to experience total joy at something as simple as the greenness of a leaf; but as they grow older, the awareness of death and decay begins to impinge on their consciousness and subtly erode their joie de vivre, their Idealism—and their assumption of Immortality. As a child matures, he sees death and pain everywhere about him, and begins to lose faith in the ultimate goodness of man. But if he’s reasonably strong—and lucky—he can emerge from this twilight of the soul into a rebirth of life’s élan. Both because of and in spite of his awareness of the meaninglessness of life, he can forge a fresh sense of purpose and affirmation. He may not recapture the same pure sense of wonder he was born with, but he can shape something far more enduring and sustaining. The most terrifying fact about the universe is not that it is hostile but that it is indifferent; but if we can come to terms with this indifference and accept the challenges of life within the boundaries of death—however mutable man may be able to make them—our existence as a species can have genuine meaning and fulfilment. However vast the darkness, we must supply our own light.
KUBRICK: Yes, for those of us who manage somehow to cope with our mortality. The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. Children, of course, begin life with an untarnished sense of wonder, a capacity to experience total joy at something as simple as the greenness of a leaf; but as they grow older, the awareness of death and decay begins to impinge on their consciousness and subtly erode their joie de vivre, their Idealism—and their assumption of Immortality. As a child matures, he sees death and pain everywhere about him, and begins to lose faith in the ultimate goodness of man. But if he’s reasonably strong—and lucky—he can emerge from this twilight of the soul into a rebirth of life’s élan. Both because of and in spite of his awareness of the meaninglessness of life, he can forge a fresh sense of purpose and affirmation. He may not recapture the same pure sense of wonder he was born with, but he can shape something far more enduring and sustaining. The most terrifying fact about the universe is not that it is hostile but that it is indifferent; but if we can come to terms with this indifference and accept the challenges of life within the boundaries of death—however mutable man may be able to make them—our existence as a species can have genuine meaning and fulfilment. However vast the darkness, we must supply our own light.
quarta-feira, abril 13, 2011
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"Hoje, que tanto se fala em crise, quem não vê que, por toda a Europa, uma crise financeira está minando as nacionalidades? É disso que há-de vir a dissolução. Quando os meios faltarem e um dia se perderem as fortunas nacionais, o regime estabelecido cairá para deixar o campo livre ao novo mundo económico." (Eça de Queirós, Distrito de Évora)
sexta-feira, abril 08, 2011
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"Escrevo-lhe numa tarde brumosa, triste, duma tristeza lúgubre. E escrevo-lhe, para que você me perdoe o meu silêncio. Demais você sabe que o meu silêncio é o meu tédio, este desolamento de morte, este desânimo, este cansaço prematuro - em face dos homens, das coisas da vida." (Manuel Laranjeira a Amadeu de Souza-Cardoso, em carta de 1905, Cartas)
terça-feira, abril 05, 2011
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"Eles (os incontidos) descobrem lados inexplorados dos sentimentos humanos, põem luz em coisas sensíveis que têm trevas, apesar do tacto carnal." (Barão de Teive, A Educação do Estóico)
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"O meu abandono íntimo de toda a especulação metafísica, a minha náusea moral de toda a sistematização do desconhecido, não procedem, como na maioria dos que concordariam comigo, da incapacidade de especulação. Pensei e sei." (Barão de Teive, A Educação do Estóico, Obras de Fernando Pessoa)
"Qualquer que seja o segredo do mistério das cousas, ele é, por certo, ou muito complexo, ou, se é muito simples, é de uma simplicidade que não temos faculdade que veja. Contra a maioria das doutrinas filosóficas tenho a queixa de que são simples; o facto de quererem explicar é prova bastante de tal, pois explicar é simplificar." (ibid.)
"Qualquer que seja o segredo do mistério das cousas, ele é, por certo, ou muito complexo, ou, se é muito simples, é de uma simplicidade que não temos faculdade que veja. Contra a maioria das doutrinas filosóficas tenho a queixa de que são simples; o facto de quererem explicar é prova bastante de tal, pois explicar é simplificar." (ibid.)
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"O escrúpulo é a morte da acção. Pensar na sensibilidade alheia é estar certo de não agir. Não há acção, por pequena que seja - e quanto mais importante, mais isso é certo - que não fira outra alma, que não magoe alguém, que não contenha elementos de que, se tivermos coração, nos não tenhamos que arrepender. Muitas vezes tenho pensado que a filosofia real do eremita estará antes no esquivar-se a ser hostil, pelo simples facto de viver, do que em qualquer pensamento directamente relacionado com o isolar-se."
(Barão de Teive, A Educação do Estóico, Obras de Fernando Pessoa)
(Barão de Teive, A Educação do Estóico, Obras de Fernando Pessoa)
segunda-feira, abril 04, 2011
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"Quando eu ergo a minha fronte para a luz não quero dizer que estou fitando estrelas, esquecido da terra onde poiso os pés; como quando olhos para a terra, cujo ventre me gerou, não quer isso dizer que eu só esteja fitando a lama, esquecido da luz que me vem do alto. É preciso não olhar demasiado para cima, nem demasiado para baixo; é preciso olhar para a frente, para a vida: abranger no mesmo olhar o céu e a terra. Creio que você, meu amigo, está olhando demasiado para cima, com fé demasiada no alto. Acho admirável essa fé... mas... acho-a infecunda também." (Manuel Laranjeira a Teixeira de Pascoaes, em carta de 1904, Cartas)
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