quarta-feira, agosto 31, 2011
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"Cruzei fronteiras, transpus limites, parti à descoberta de novos mundos, de universos para lá do infinito imaginado; e tendo perdido algures o trilho que conduz ao paraíso, encontrei o caminho de regresso a mim mesmo: a este fogacho que arde sem saber onde, e se apaga sem saber quando." (Antónimo Ortónimo, mais conhecido por Tó Tó)
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"Je n’ai jamais désiré une belle voiture, je n’ai jamais désiré autre chose que d’être moi-même. Je peux marcher dans les rues avec les mains dans les poches, et je me sens un prince". (Albert Cossery)
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"Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa - daí um temor maior ainda. Só quem guarda as armas à chave é que receia atirar sobre todos."
(Clarice Lispector, Perto do Coração Selvagem)
(Clarice Lispector, Perto do Coração Selvagem)
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"- Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa - daí um temor maior ainda. Só quem guarda as armas à chave é que receia atirar sobre todos." (Clarice Lispector, Perto do Coração Selvagem)
segunda-feira, agosto 29, 2011
quinta-feira, agosto 25, 2011
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"Je n’ai jamais désiré une belle voiture, je n’ai jamais désiré autre chose que d’être moi-même. Je peux marcher dans les rues avec les mains dans les poches, et je me sens un prince." (Albert Cossery)
segunda-feira, agosto 22, 2011
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"En plongeant au fond des voluptés, il en rapportait plus de gravier que de perles." (Honoré de Balzac, La Fille aux yeux d’or, 1835)
sexta-feira, agosto 12, 2011
sexta-feira, agosto 05, 2011
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"Só há uma liberdade, fazer as contas com a morte. Depois disso, tudo é possível. Não posso forçar-te a crer em Deus. Crer em Deus é aceitar a morte. Quando tiveres aceitado a morte, o problema de Deus ficará resolvido por si - e não o inverso." (Albert Camus, Cadernos)
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"O homem recusa o mundo tal como ele é, sem aceitar o eximir-se a esse mesmo mundo. Efectivamente os homens gostam do mundo e, na sua imensa maioria, não querem abandoná-lo. Longe de quererem esquecê-lo, sofrem, sempre, pelo contrário, por não poderem possuí-lo suficientemente, estranhos cidadãos do mundo que são, exilados na sua própria pátria. Excepto nos momentos fulgurantes da plenitude, toda a realidade é para eles imperfeita. Os seus actos escapam-lhes noutros actos; voltam a julgá-los assumindo feições inesperadas; fogem, como a água de Tântalo, para um estuário ainda desconhecido. Conhecer o estuário, dominar o curso do rio, possuir enfim a vida como destino, eis a sua verdadeira nostalgia, no ponto mais fechado da sua pátria. Mas essa visão que, ao menos no conhecimento, finalmente os reconciliaria consigo próprios, não pode surgir; se tal acontecer, será nesse momento fugitivo que é a morte; tudo nela termina. Para se ser uma vez no mundo, é preciso deixar de ser para sempre. Neste ponto nasce essa desgraçada inveja que tantos homens sentem da vida dos outros. Apercebendo-se exteriormente dessas existências, emprestam-lhes uma coerência e uma unidade que elas não podem ter, na verdade, mas que ao observador parecem evidentes. Este não vê mais que a linha mais elevada dessas vidas, sem adquirir consciência do pormenor que as vai minando. Então fazemos arte sobre essas existências. Romanceamo-las de maneira elementar. Cada um, nesse sentido, procura fazer da sua vida uma obra de arte. Desejamos que o amor perdure e sabemos que tal não acontece; e ainda que, por milagre, ele pudesse durar uma vida inteira, seria ainda assim um amor imperfeito. Talvez que, nesta insaciável necessidade de subsistir, nós compreendêssemos melhor o sofrimento terrestre, se o soubéssemos eterno. Parece que, por vezes, as grandes almas se sentem menos apavoradas pelo sofrimento do que pelo facto de este não durar. À falta de uma felicidade incansável, um longo sofrimento ao menos constituiria um destino. Mas não; as nossas piores torturas terão um dia de acabar. Certa manhã, após tantos desesperos, uma irreprimível vontade de viver virá anunciar-nos que tudo acabou e que o sofrimento não possui mais sentido do que a felicidade." (Albert Camus, O Homem Revoltado)
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