quarta-feira, março 17, 2010

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"Sinto-me tão feliz, meu bom amigo, estou tão absorvido pela plenitude da minha tranquila existência que nem já sei desenhar; neste momento, nem ao menos um traço poderia fazer com lápis; e, todavia, nunca me senti tão grande pintor como actualmente. [...] Amigo, que assim me vejo inundado de luz, quando o mundo e o céu vêm gravar-se-me no coração, como a imagem de uma mulher amada, então digo a mim próprio: 'Se pudesses exprimir o que sentes! Se pudesses exalar e fixar, sobre o papel, o que vive em ti com tanto calor e tanta plenitude, de maneira a que essa obra se transformasse no espelho da tua alma, como a tua alma é o espelho do Eterno!...'" (Werther, Goethe)