terça-feira, maio 07, 2013

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A longa caminhada deixara-lhe a garganta seca. Ainda havia tempo, pelo que tratou de abancar numa esplanada para molhar o bico. As luzes vermelhas dos néons do concessionário, do outro lado da estrada, transportaram-no de imediato para o fogoso encontro da noite anterior... Usada e em bom estado, pensou - assim se poderia também definir a Glória, mulher rodada e enxuta que uma vez por semana lhe vendia o amor às prestações na rua da Esperança. Meditava sobre essa outra sede, essa outra insaciável: a falta que faz uma mulher, constatou, a falta que faz...

- Uma água com gaja, por favor... Com gás, uma água com gás, e com muito gelo - tentou emendar...

2 comentários:

Anónimo disse...

Autor???

Filipe Feio disse...

Quando não há outra referência, é meu. O que não quer dizer que não seja meu quando há outra referência...