"Ah, mas quem sou eu para falar assim! Não passo dum egoísta transcendente. Este desgosto de mim próprio, da vida e dos homens, que é senão vaidade ferida, ambição desmedida, orgulho inconfesso?... Tenho um conceito exagerado da minha importância. Volto-me então contra os outros, torno-os responsáveis das minhas falhas: e que podem eles fazer? em que lei está escrito que eles ou eu devamos ser bons, justos, superiores? Reclamar a perfeição não será a melhor forma de desistir, de dizer «não posso»? Exijam a um homem comum que seja santo, génio, ou puro, e ele, assustado, será incapaz de nos dar simplesmente o de que é capaz. Pedimos a Lua..."
(José Rodrigues Miguéis, Idealista no Mundo Real)
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