Esplanada do café, ao meu lado:
- Amigo, desculpe, não me arranja umas moedas... (analisa timidamente a receptividade do seu interlocutor, este impassível)... ou me compra qualquer coisa para comer?
- Arranjo-lhe umas moedas, se precisa. Não sou seu pai. Não quero saber em que vai gastar o dinheiro. É adulto, faz o que entender.
- Obrigado por falar assim. Não é fácil ter de pedir na rua, aos 54 anos...
- Imagino... Não tem de quê. Tome lá, é o que tenho...
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