Entro no metro. Encosto-me à porta do lado contrário, um solavanco, e aí vamos nós: uns parecem perdidos dentro das suas cabeças, olhos postos num vazio; outros falam, quase todos ao telemóvel; há quem mande mensagens, muitos ouvem música...
Reparo num jovem casal, de pé, lado a lado, no fundo da carruagem. Sorriem, as mãos dadas. Não são fones que levam nos ouvidos. São estetoscópios... Os fios cruzam-se entre eles, à altura do pescoço, e introduzem-se através das golas da camisolas um do outro. O dele pela dela. E a dela pelo dele. Assim vão, enquanto os corações baterem...
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