"Quando ia a sair, agradeci-lhe brevemente. Ele sorriu e não respondeu. Depois, antes de fechar a porta, disse-me: «Cega, a Ciência a inútil gleba lavra. Louca, a Fé vive o sonho do seu culto. Um novo deus é só uma palavra. Não procures nem creias: tudo é oculto». Desci os poucos degraus e dei alguns passos na alameda de seixos. Depois percebi de repente e voltei-me rapidamente: eram versos de um poema de Pessoa [...]"
(Antonio Tabucchi, Nocturno Indiano)
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